Rogério Alberto Valente Magro foi, dos seis irmãos que prestaram serviço nas ex-Provincias Ultramarinas o que, certamente, teve o percurso militar mais duro, com maiores privações e que enfrentou maiores perigos. Tendo nascido a 09/03/1944 no Sabugal, iniciou em 1965 o serviço militar obrigatório no RI 5, Caldas da Rainha, a fim de frequentar o 1º ciclo do CSM (Curso de Sargentos Milicianos) após o que frequentou o 2º ciclo no CISMI (Curso de Sargentos Milicianos de Infantaria) no Quartel da Atalaia, em Tavira a fim de lhe ser dada a formação de Atirador de Infantaria. Quartel da Atalaia, em Tavira, onde funcionou o CISMI Foto: Wikipédia Recorda-se que, naquela época, a viagem de Tavira ao Porto em autocarro, demoraria, seguramente, mais de 12 horas o que somadas a outras 12 para o regresso, ficava um dia completo gasto em viagens fazendo com que muitos dos militares do Norte, a receber a instrução em Tavira, raras vezes viessem passar o fim de semana a casa. Mobilizado para Angola em 1967, participou em várias operações na Zona Militar Leste, tendo-se salientado na reacção a uma emboscada do IN, facto que mereceu do Comandante da ZML o louvor que a seguir se transcreve: Transcrição do Louvor registado na Caderneta Militar do ex-Fur. Milº Rogério Alberto Valente Magro Louvado por sua Exª. o Comandante da ZML(*), por proposta do Sr.Comandante do B.Caç. 1920, pelas qualidades militares evidenciadas durante cerca de dois anos de actividade operacional sendo de salientar uma emboscada do IN a uma coluna das nossas NT de que fazia parte, em que tendo ficado ferido o Comandante da coluna, comandou a reacção fazendo uma perseguição de alguns quilómetros ao grupo IN tendo da perseguição resultado a captura de um elemento IN e armamento. Além desta acção mostrou um espírito aguerrido, sangue frio, moral elevado e serenidade debaixo de fogo. (*) - Zona Militar Leste Comentário: Nestas alturas não dá para pensar muito. Com o tiroteio e com feridos, há que manter a máxima lucidez. Oportunamente relatarei em pormenor todas as peripécias daquela emboscada.
O comandante da coluna era eu. Efectivamente, comigo na coluna iam mais 2 furriéis, mas eu era o mais antigo. Como um dos furriéis era mulato e angolano e para fazer um certo aproveitamento militar do feito, o capitão quis melhorar a coisa, pois ele entendia que o feito merecia uma medalha e por duas vezes me pediu para refazer o texto do relatório da emboscada que tinha sido redigido por mim.
(Rogério Magro) Comandante – Coronel de Infantaria Luís Gonçalves Carneiro O Batalhão de Caçadores 1920 foi formado no RI 2 - Abrantes e embarcou a 08/07/1967 no navio Vera Cruz, com destino à vila de Gago Coutinho (actual N’Guimbo – Leste de Angola) e era composto por 3 companhias: CCS 1719, CCAÇ 1720 e CCAÇ 1721 |
A gesta de seis irmãos que cumpriram Serviço Militar em África (Angola, Guiné e Moçambique).
domingo, 20 de janeiro de 2013
Rogério Magro
Apresentação
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Também passei pelo Lucusse e por Lumbala, mas em 1972, integrado no BART. 3881- CART. 3540.
ResponderEliminarUm abraço,
Rui Bacelar (ex-furriel)